domingo, 16 de dezembro de 2012

Imagination - Body Talk (1981)

Depois da melodia country de Sir Tom Jones, resolvo deixar-me embalar pela soul britânica do inicio dos anos 80. Sim... porque até a música soul teve o seu lugar na coleção de vinis dos meus pais.
A banda inglesa Imagination  lançou-se no mundo da música em 1981 com o álbum Body Talk, que marcou a soul britânica que começava a emergir na época. Foi um álbum bem sucedido a que se seguiu In the heat of the night, lançado em 1982 e que também foi um grande sucesso. Contudo, a banda foi perdendo popularidade e acabou por cessar funções, apesar do legado interessante que deixou.
A balada com o mesmo titulo tornou-se num sucesso imediato um pouco por todo o mundo (alcançando o nº 4 da tabela britânica). É uma canção com uma melodia agradável que envolve o ouvinte e que é saudável escutar de vez em quando. 
Eu pelo menos gosto muito de a ouvir, especialmente quando sinto a necessidade de relaxar e de esquecer arrelias.





Tom Jones - Darlin' (1980)

Considero o acervo discográfico dos meus pais  como ecléctico e representativo de um determinado tempo que infelizmente já não regressa, mas que deixa enormes saudades.
Desde o rock metaleiro, passando pelo pop e chegando ao country, cresci ouvindo os mais diferentes géneros musicais, uns com mais insistência que outros.
Hoje vou abordar um género musical muito pouco reconhecido em Portugal chamado country. A música country possui um enorme estatuto na América do Norte, mas no resto do mundo não tem muita representatividade (apesar dos esforços de artistas como Le Ann Rimes e Taylor Swift, que aliam o country ao pop para assim poder chegar a outros públicos).
Muitos foram os artistas que enveredaram por este género musical, sendo um deles o incontornável Tom Jones. 
Este cantor galês obteve muito sucesso nos anos 60 e 70 com canções como Delilah, It's not unusual, She's a Lady, tornando-o num caso sério de popularidade em que a voz e a imagem casavam-se na perfeição. Para além de uma voz portentosa, Jones era dono de uma imagem sexual muito forte (as calças justas e a camisa aberta a deixar o ver o peito peludo eram o suficiente para deixar as mulheres com falta de ar...), o que permitiu alcançar o sucesso especialmente com o público feminino. Era o Tony Carreira da altura...
No inicio da década de 80, Jones resolveu deixar a veia pop e concentrou-se no country, tendo obtido sucesso nas tabelas country americanas (o que acontecera com Olivia Newton John uns anos antes). 

Darlin' foi um desses sucessos lançado em 1980 e que veio confirmar todo o poderio e sensualidade de Tom Jones, mesmo vestido de cowboy. 
Esta versão foi bem sucedida, mas não conseguiu conquistar todos os americanos e muito menos os britânicos. Apesar do sucesso menor, esta canção é agradável de se ouvir e é digna de ser redescoberta.

Digam lá se o Sr. Tom Jones não ficava bem vestido de cowboy?






Foreigner - I Want to Know What Love is (1985)

O ano de 1985 foi um ano recheado de grandes êxitos musicais...ok, muitos deles não eram pérolas para os ouvidos mas conseguiram de alguma forma marcar a minha vida. Outros tornaram-se em clássicos absolutos, muito por culpa da sua qualidade musical  e o single que vou falar encaixa-se perfeitamente nesta ultima categoria.
A banda Foreigner iniciou a sua carreira em 1976 e era constituída por músicos ingleses e americanos (daí a origem do nome da banda). A estreia foi bem sucedida com dois êxitos: Cold as Ice e Feels like the First Time. A banda foi crescendo e chegou ao pico com o álbum 4 (1981), de onde saíram grandes canções como Urgent e Waiting for a Girl like You (uma das melhores baladas da década de 1980).
Contudo, o maior êxito desta banda só chegaria em 1985 com uma balada extraordinariamente poderosa e que apela aos corações apaixonados.



I want to know what love is foi a cereja no topo do bolo da carreira dos Foreigner, mas contribuiu definitivamente para que o grupo entrasse em colisão. O fundador, compositor e guitarrista do grupo Mick Jones defendia esta balada com unhas e dentes, mas o vocalista Lou Gramm sentiu que a mesma era uma espécie de traição ás origens rockeiras do grupo. Resultado...a saída de Lou Gramm da banda em 1990 foi inevitável.
Esta balada atingiu o topo de diversas tabelas musicais por todo o mundo e transformou-se num dos maiores clássicos da década de 80. Há uns anos atrás, sofreu uma nova roupagem da poderosa Mariah Carey mas que a meu ver não faz jus ao original.
Ainda bem que os meus pais tiveram a sensibilidade de comprar o vinil desta belíssima balada, contribuindo para o meu bom gosto musical.



sábado, 24 de novembro de 2012

Dire Straits - So Far Away (1985)

Já estava com saudades de deambular sobre a velhinha colecção de vinis dos meus pais e por isso retomo a viagem ao passado, mais concretamente ao ano de 1985.
O ano de 1985 foi pródigo em boa música e grandes êxitos, como já tive a oportunidade de mostrar aos visitantes deste humilde cantinho musical.
E neste preciso ano, o grupo britânico Dire Straits estava em alta com um álbum que marcou a vida de muita gente, o famoso Brothers in Arms. A banda de Mark Knopfler ficou conhecida nos finais dos anos 70 com o fantástico single Sultans of Swing, mas seria o álbum já mencionado a lançá-los para a estratosfera musical.




So Far Away foi o single de estreia deste álbum e recordo-me vivamente dele...porque era o favorito da minha mãe. Recordo-me também de ela ter ficado possessa comigo por ter perdido a cassete do álbum na escola. Enfim...era assim que se vivia a música antigamente. 
Não foi um single tão bem sucedido como o estrondoso Money for Nothing, mas conseguiu seduzir o público europeu (onde se incluiu o português). Mais tarde, acabou por seduzir os americanos, chegando ao 19º lugar da tabela da Billboard. No lado B deste disco encontra-se  um dos outros grandes êxitos do álbum, Walk of Life, o tal cujo videoclip é constituído por imagens de jogos da NBA e de futebol americano (muito desportivo, sem dúvida...).





quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Girlschool - Race with the Devil (1980)

Depois de algumas viagens pelos vinis de 33 rotações, retorno aos singles que constam do acervo discográfico dos meus pais e encontro uma pérola que me deixa de boca aberta...sim, um single de um grupo feminino de heavy metal! Oh yeah!!!!
Girlschool é um grupo de heavy metal oriundo de Inglaterra e composto somente por senhoras muito dadas às rockalhadas. Apareceram em 1978 e foram logo associadas aos malucos dos Motorhead e até hoje continuam activas.
Este grupo formou-se a partir de um outro chamado "Painted Lady" e gozou de alguma popularidade e sucesso no Reino Unido no inicio da década de 1980, com o lançamento de três albuns de cariz punk/heavy metal e alguns singles. Contudo, o sucesso foi efémero e estas senhoras acabaram por perder importância ao longo dos anos.
Nos anos 90 e 2000, este grupo preferiu enveredar somente pelos espectaculos ao vivo e deixou de lançar albuns. Durante a sua longa carreira, esta banda viajou por todo o mundo tocando em muitos festivais de rock e metal, como também apoiou o surgimento de bandas influenciadas por este género musical.
Girlschool mantém até hoje um culto mundial e é uma banda que serve de inspiração para muitas artistas rockeiras...e ainda bem!




Race with the Devil é o single em destaque neste blogue. Saído do album de estreia desta banda designado de "Demolition" (1980), causou sensação na tabela inglesa e empurrou a banda para o lançamento de mais albuns.

A recordar ou descobrir!



sábado, 22 de setembro de 2012

Jackpot 85 (1985)

Depois de umas férias merecidas, esta reconhecida jukebox volta cheia de novidades para os amantes de boa música. Para começar, veio renovada visualmente...e espero que continuem a gostar dela musicalmente.
Volto às compilações que marcaram bastante a minha infância...os meus pais tiveram algumas na sua colecção de vinis.
A compilação que eu vou recordar foi lançada em 1985 e o seu conteúdo fazia parte do catálogo da EMI-Valentim de Carvalho. Falo-vos do famoso Jackpot.




Este album é um desfile de artistas internacionais como Joe Cocker, Heart, Tina Turner, Kim Carnes...e de artistas nacionais como Jorge Palma, Rádio Macau, Zoom, Lena D'Água, entre outros.
Pouco mais há a dizer sobre esta compilação...os grandes êxitos de 1985 encontram-se aqui presentes...o one-hit wonder "Tarzan Boy", passando pelo inesquecivel "Dunas" e o seminal "Walking on Sunshine"...o desfile de grandes êxitos é enorme. Escusado será dizer que chegou ao 1º lugar nas tabelas nacionais.

Aqui fica o alinhamento:

Disco 1
1 - Duran Duran: A View to a Kill
2 - Heart: What about Love?
3 - Moon Ray: Comanchero
4 - Rádio Macau: A Vida num só Dia
5 - John Waite: Every Step of the Way
6 - Interface: Big Toy
7 - Marillon: Lavender
8 - Power Station: Get it On (Bang a Gong)
9 - Kim Carnes: Crazy in the Night
10 - Katrina and the Waves: Walking on Sunshine
11 - Jorge Palma: Deixa-me Rir
12 - Costas Charitodiplomenos: Lost in the Night
13 - Fighters Brigade: Fight Tonight
14 - Corey Hart: Never Surrender

Disco 2
1 - Tina Turner: We don't need another Hero
2 - GNR: Dunas
3 - Scotch: Take me Up
4 - Zoom: This will be the Last Time
5 - Mike Mission: The World is You
6 - Kenny Rogers&Sheena Easton: We've got Tonight
7 - Hazel Dean: They say it's gonna Rain
8 - Baltimora: Tarzan Boy
9 - Joe Cocker: Rescue me
10 - Freddie Jackson: Rock me Tonight (For old times sake)
11 - Saphir: Shot in the Night
12 - Lena D'Água: Secret Lover
13 - Ligia: Dance no More
13 - Silver Pozolli - Around my Dream












sábado, 11 de agosto de 2012

Happy Rock - O máximo da New Wave (1981)

Percorrendo as minhas memórias musicais, chego a uma colectânea que me marcou especialmente. Lembro-me de ouvir este album vezes sem conta no gira discos durante vários anos e lembro-me da minha mãe usar a t-shirt alusiva ao album. As campanhas de marketing já começavam a dar os seus passos há 30 anos.


Esta colectânea foi lançada pela editora Nova em 1981 (por onde passou António Sérgio, famoso pelo seu programa de rádio "Som da Frente").
Este album duplo era essencialmente dedicado ao género musical "new wave", muito em voga no inicio da década de 80.
Para além da t-shirt, o disco era colorido, tendo sido lançado para o mercado em diversas cores (já nem me recordo qual era a cor dos discos que os meus pais tinham...julgo que um deles era vermelho...a memória já não é o que era).
Aqui fica o alinhamento:
Disco 1:
1 - Ramones: Baby I love you
2 - Pretenders: Talk of the town
3 - Flamin' Groovies: Jumpin' in the night
4 - Madness: My girl
5 - Rachel Sweet: Spellbound
6 - Feelies: Everybody's got something to hide
7 - Graham Parker & Rumour: Stupefaction
8 - Madness: Nightboat to Cairo
9 - Lene Lovich: Angels
10 - Ian Dury & The Blockheads: Lullaby to Frances
11 - Talking Heads: Heaven
12 - Undertones: My perfect cousin
13 - Ramones + Paley Bros: Come on let's go
14 - Elvis Costello: Allison
Disco 2:
1 - Graham Parker & Rumour: Endless nights
2 - Lene Lovich: Bird song
3 - Searchers: Hearts in her eyes
4 - Talking Heads: Cities
5 - Rachel Sweet: Tonight
6 - Madcats: Free Wheelin'
7 - Ramones: Chinese Rock
8 - Madness: One step beyond
9 - Ian Dury & The Blockheads: Reasons to be cheerful, pt.3
10 - Undertones: Wednesday week
11 - Ramones: Dou you remember rock and roll radio
12 - Feelies: Moscow nights
13 - Nick Lowe: I knew the bride
14 - Devo: (I can't get no) satisfaction












quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Tutthitfrutti (1980)

Para completar esta ronda de colectâneas que marcaram a vida de muitos portugueses nos anos 80 (inclusive a mim através da belissima colecção de vinis dos meus pais), falo-vos da colectânea Tutthitfrutti, lançada pela Valentim de Carvalho em 1980.


Pouco há a dizer desta colectânea repleta de êxitos nacionais e internacionais de 1979 e 1980, alguns deles bem presentes nas rádios actualmente (o seminal Chico Fininho, por exemplo. Uma colectânea a recordar.

Aqui fica o alinhamento:

1 - Rui Veloso - Chico Fininho
2 - Rocky Brunette - Tired of toein' the line
3 - Concha - bombom
4 - Martha and the Muffins - Echo beach
5 - Hot Chocolate - No doubt about it
6 - Lara Li - Hoje há festa
7 - Ângela Maria - Amélia de você
8 - Racey - Such a night
9 - Shadows - Midnight cowboy
10 - The Vapors - Turning japanese
11 - Marco Paulo - Eu tenho dois amores
12 - Fools - It's a night for beautiful girls
13 - OMD - Electricity
14 - Timothy - Menina meu amor
15 - Laureano - Recordações de ti
16 - Suzi Quatro - She's in love with you
17 - Devo - Gates of steel
18 - Fischer Z - So long
19 - Joel Branco - A gente cresce, cresce
20 - Fevers - A menina dos meus olhos


 






Hot Stars (1980)



Continuando na senda das colectâneas que marcaram gerações de portugueses (eu incluida), falo-vos de uma que saiu em 1980 sob a alçada da Polygram e que como muitas que foram lançadas na alturas, continha grandes êxitos nacionais e internacionais (com alguma relevância para alguns artistas participantes da Eurovisão, como o caso de Sophie&Magaly, Prima Donna, Katja Ebstein, Tomas Ledin e Caroline Mas).

Aqui fica o alinhamento:

1 - ABBA - Gimme, Gimme, Gimme (A man after midnight)
2 - Boney M. - Gotta go home
3 - Gloria Gaynor - Let me know ( I have a right)
4 - Prima Donna - Love enough for two
5 - Maria Bethânia - Grito de alerta
6 - Blondie - Atomic
7 - Doce - Amanhã de manhã
8 - Tomas Ledin - Right now I
9 - Kiss - I was made for loving you
10 - Buggles - Video killed the radio star
11 - Katja Ebstein - It's showtime
12 - Chico Buarque/Moreira da Silva - 12 anos
13 - Carolyne Mas - Still sane
14 - Andy Gibb - Desire
15 - Paulo de Carvalho e Tozé Brito - Olá, então como vais?
16 - Sophie&Magaly - Papa pingouin















Jackpot - 32 Super Tops (1979)


Depois de dois meses de ausência, regresso a este cantinho musical cibernáutico com uma recordação de 1979.
Esta colectânea de seu nome Jackpot - 32 Super Tops fez parte dessa magnifica colecção de vinis dos meus pais e foi a primeira de muitas da série Jackpot, que fez as delicias de muitos ouvidos nos anos 80 (equivalente á serie Now, actualmente)




Este album compilava diversos êxitos do ano de 1979 de artistas e grupos que estavam ligados à editora Valentm de Carvalho.
Esta colectânea era constituida por dois discos que tinham a particularidade de ser um em azul e outro vermelho.
O primeiro era composto por 17 êxitos nacionais e internacionais, mas o segundo era composto por um medley "disco-sound" com os maiores êxitos de Amáia Rodrigues. Vivia-se os loucos anos 70, onde imperava os sons e os movimentos do filme Febre de Sábado à Noite e que originou (mesmo que de forma efémera) o género disco-sound. Portugal foi um entre muitos países que abraçaram esse género de forma brutal.

Aqui fica o alinhamento:

Disco 1:
1 - Marco Paulo: Mulher Sentimental
2 - Suzi Quatro&Chris Norman: Stumblin' in
3 - The Fevers: Boa sorte
4 - Rita Coolidge: We're all alone
5 - Shirley Bassey: This is my life (la vita)
6 - Manuela Bravo: Sobe, sobe balão sobe
7 - Gabriela Schaaf: Eu só quero
8 - Fátima Caldeira - Adeus à vida
9 - The Fevers: Onde estão os teus olhos negros
10 - Racey: Some girls
11 - Paco Bandeira: Chula da Livração
12 - Squeeze: Cool for cats
13 - António Mourão: Cara de cigana
14 - Lara Li: Fandango da Moda
15 - Olivia Newton-John: A Litlle more love
16 - Tommy Seebach: Disco tango
17 - Betty Missiego: Su cancion

Disco 2:
1 -Medley: Cheira a Lisboa, Nem às paredes confesso, Amália, Foi Deus, É ou não é, Vou dar de beber à dor, Fadinho serrano, Amália, Fadinho da Tia Maria Benta, Malhão da Águeda
2 - Medley: Lisboa Antiga, Amália, Barco Negro, Lisboa não sejas francesa, Amália, Coimbra, Solidão (Canção do Mar), Uma casa portuguesa, Amália


















sexta-feira, 25 de maio de 2012

Remembering Robin Gibb (1949-2012)


Hoje quero prestar uma pequena homenagem a um artista que nos deixou muito recentemente...estou a falar de Robin Gibb, um dos vertices do famoso trio de irmãos de seu nome Bee Gees.
Gibb faleceu no dia 20 de Maio, vítima de cancro do cólon. Junta-se assim ao seu irmão gémeo Maurice Gibb que morrera em 2003, e a Andy Gibb, seu irmão mais novo, que morrera em 1988 com a jovem idade de 30 anos.
Do supergrupo que conquistou gerações desde os anos 60 até à actualidade só resta o irmão mais velho, Barry Gibb. Também fica um verdadeiro legado de canções inesqueciveis que marcaram 5 décadas.
A carreira dos Bee Gees foi lançada em 1967 com o single inaugural New York Mining Disaster, e logo a seguir apareceram mais clássicos como To Love Somebody, Words, MassachussettsI started a joke, I just got get a message to you, etc.
Com a fama repentina, vieram os conflitos entre os três irmãos, principalmente entre Barry e Robin que disputavam a atenção do manager Robert Stigwood. Em 1969, o trio separou-se tendo os irmãos lançado alguns singles a solo, especialmente Robin que lançou Saved by the Bell.
Mas em 1971, os irmãos concluiram que estavam melhor juntos a criar musica e assim relançaram-se com Lonely Days e How can you mend a broken heart, que foram tremendos êxitos.
Depois de mais alguns anos com pequenos sucessos, a banda lançaria o album Main Course em 1975, que mudaria drasticamente o estilo de música que os Bee Gees tinham seguido durante anos. Ficavam para trás as melodias sinfónicas e assim iniciava-se o estilo r'n'b e funk que caracterizou a carreira do trio nos anos 70. Deste album, surgiram pérolas da era disco como Jive Talkin, Nights on Broadway e Fanny be tender, todos eles êxitos para o grupo.
Em 1976, o trio seguiu a mesma entoada com o album Children of the World que originou grandes êxitos como Love so Right e You should be dancing. Contudo, nem o grupo e nem o mundo estava preparado para o êxito ciclónico que veio a seguir em 1977 com o lançamento da banda sonora de um pequeno filme chamado Saturday Night Fever, que revolucionou a época com a banda sonora e com a moda que lançou, graças á imagem icónica de John Travolta a dançar num fato branco de polyester ao som dos Bee Gees.
Os maiores êxitos de Bee Gees sairam deste album: Staying Alive, How deep is your love e Night Fever transformam-se em sucessos monstruosos que conquistaram as mais diversas tabelas mundiais. Em 1978, os Bee Gees lideravam as tabelas mundiais, não dando hipóteses a outras bandas. Até 1979, o trio mais famoso de irmãos estavam na crista da onda e lançaram mais sucessos como Tragedy, Too much heaven e Loving you inside and out, todos eles nº 1 em diversas tabelas, especialmente a da Billboard. Estes singles eram provenientes do album mais bem sucedido da carreira dos Bee Gees chamado Spirits having Flown. Contudo, com o sucesso também vem o desrespeito e a vingança e os americanos, cansados de verem o rock a ser ultrapassado pelo disco, resolveram vingar-se e fizeram uma manifestação contra o disco e, sobretudo, contra os artistas que faziam sucesso com o estilo disco. Em 1979, um dj de seu nome Steve Dahl resolveu promover um evento anti-disco chamado Disco Demolition Night, no estádio da equipa Chicago White Sox que jogava contra os Detroit Tigers. No intervalo do jogo, foram lançadas no campo toneladas de vinis de artistas "disco" no intuito de serem destruidos pelo publico que invadiu o campo e transformou o evento num motim incontrolável. Tudo em honra do rock e para rebaixar todo o estilo disco que estava muito em voga na altura. E quem vinha á cabeça no meio de todo este ódio? Os Bee Gees.
Depois deste grave incidente, a era disco terminava abruptamente e todos os artistas que ajudaram a lançar este estilo musical foram banidos das rádios e das tabelas americanas. Os Bee Gees deixaram de ter sucesso nos EUA, vendo os seus albuns a serem rejeitados pelo público que já não queria saber deles. No entanto, eles iam conseguindo sucesso nos anos 80 compondo e produzindo para outros artistas, como Barbra Streisand, Kenny Rogers, Dionne Warwick, Diana Ross, entre outros. O cunho Gibb estava em canções bem sucedidas como Woman in Love, Heartbreaker, Islands in the stream e Chain Reaction, grandes êxitos da década de 80. Mas infelizmente, o trio não conseguia lançar nada nos EUA tal era o tamanho do boicote que as radios fizeram.
No final dos anos 80, os irmãos Gibb voltaram a ter sucesso com o contagiante You Win Again (1987), One (1989), entre outros êxitos, especialmente na Europa e nos paises latinos. Os anos 90 também foram razoavelmente bem sucedidos com o lançamento de vários albuns, até que em 1997 e, na senda de muitos prémios tributos recebidos, os Bee Gees lançaram o album Still Waters, que foi bem recebido um pouco por todo o lado, especialmente nos EUA, onde tiveram sucesso com o single Alone. Quase 20 anos depois do boicote que sofreram do publico americano, os Bee Gees voltavam a conquistar as terras do Tio Sam. Em 1998, escrevem a bela canção Imortality para o musical Saturday Night Fever, interpretada pela diva Celine Dion.
Em 2001, o trio lançou o derradeiro album This is where I came in e dois anos depois, Maurice Gibb morria de complicações derivadas de uma operação ao figado.
Desde a morte de Maurice, os restantes membros dos Bee Gees andavam parados mas com intenção de fazerem alguma coisa juntos. Agora com a morte de Robin Gibb, nada mais resta senão o legado musical construido por este maravilhoso trio de artistas.
O meu grande sonho era ver este grupo ao vivo em Portugal...mas é um sonho que nunca se irá concretizar.
Cresci a ouvir incessantemente o album Saturday Night Fever e How deep is your love é a minha canção favorita. Na minha mais humilde opinião, este grupo deixou-nos canções inesqueciveis, poderosas, com significado...nada que se compare ao lixo que se ouve actualmente. O catálogo musical dos Bee Gees só é ultrapassado pelo dos Beatles e só isso comprova o estatuto de lendas que os Bee Gees conquistaram. São imensas as versões das suas canções...são imensas as memórias deixadas.


Robin Gibb era um excelente cantor. Tinha um vibratto muito especial e, embora, o seu irmão Barry tenha recebido mais atenção pelo seu falsetto, o dom de Robin não era de menosprezar.
Assim se perde uma lenda...um grande artista...um excelente cantor!
Deixo-vos com algumas versões feitas das belissimas obras primas deixadas pelos Bee Gees.