sábado, 29 de fevereiro de 2020

1001 canções que devo ouvir até morrer - Proud Mary, dos Creedence Clearwater Revival

Depois de uma ausência super prolongada (o que são sete anos?), regresso a este blogue para falar sobre as canções que marcaram a minha vida ou que, simplesmente, gosto de ouvir quando me apetece.

Esta é uma daquelas que eu gosto de ouvir de tempos a tempos, e que já teve uma catrafada de versões ao longo destas últimas décadas. Estou a falar de Proud Mary, dos Creedence Clearwater Revival.


No final da década de 1960, bandas que não tivessem uma figura chave no seu alinhamento (como Jim Morrison, Eric Clapton, Jimmy Page...), tinham que trabalhar arduamente para conseguir algum airplay. Redefinir instrumentos ou escrever um album conceptual era quase que obrigatório para se conquistar algum sucesso. John Fogerty, líder e vocalista da banda, não compunha canções de 16 minutos sobre sexo e não utilizava subterfúgios musicais para dar ênfase às canções, mas conseguia lançar sucessos atrás de sucessos.
Este quarteto californiano, composto por John e Tom Fogerty, Doug Clifford e Stu Cook, começou a sua carreira em 1968, com o álbum homónimo, que conquistou um disco de ouro. Em 1969, foi lançado o album "Bayou Country", que inclui o single que vou falar hoje, e que conquistou um disco de platina.

O que dizer de Proud Mary? Provavelmente, uma das melhores canções de rock de sempre, construida de uma forma simples, mas cativante, como era apanágio desta banda. John Fogerty escreveu esta canção em 2 dias, depois de ter sido dispensado da Guarda Nacional.Esta canção adveio de partes de canções diferentes: uma delas, era sobre uma lavadeira chamada Mary; a parte "Left a good job in the city", foi escrita depois de Fogerty ter saido da Guarda Nacional; a parte "Rolling on the river" referia-se a um filme de Will Rogers.

Para além da componente rockeira, esta canção é uma mistura perfeita de canções com raízes na música negra. Mas quem é Proud Mary? É um barco a vapor viajando de cima a baixo pelo rio, onde o protagonista encontra alguma felicidade quando convive com forasteiros.

Esta canção, lançada em Janeiro de 1969, alcançou a dupla platina com vendas de 2 milhões de discos e streamings... o.que se justifica plenamente. Como já referi, sofreu imensos covers, nomeadamente de Ike e Tina Turner em 1971, também extremamente famosa e cativante.

Deixo-vos com as duas versões... ambas são excelentes!