quinta-feira, 7 de maio de 2020

1001 canções que devo ouvir até morrer - Only You (And You Alone) e Smoke Gets in Your Eyes, The Platters

Neste meu novo post, vou viajar até à década de 1950, onde irei recordar duas grandes composições musicais cantadas pelo quinteto, de seu nome The Platters. Esta banda vocal que se formou em 1953, chegou a vender mais de 53 milhões de discos, e desde 1990, encontra-se induzida no Rock and Roll Hall of Fame.
Entre os seus sucessos, destacam-se: "Only You", "The Great Pretender", "Smoke Gets in Your Eyes", entre outros. O grupo passou por várias alterações na sua formação, e, mesmo com a morte dos membros originais, ainda continua a atuar para plateias revivalistas.

Uma das minhas canções favoritas é a doce balada "Only You (And You Alone)", escrita por Buck Ram, e gravada em 1955, sendo um enorme sucesso nesse mesmo ano. Chegou a número 1 na tabela de R&B americana e chegou a número 5 na tabela Billboard Hot 100, onde permaneceu por 30 semanas. Já perdi a conta em quantos filmes esta canção apareceu, mas o que importa é que é um autêntico clássico.


Outra das minhas canções favoritas dos Platters é a angelical "Smoke Gets in Your Eyes", versão de uma canção incluída num musical de 1933, intitulado Roberta. Escrita e composta por Jerome Kern e Otto Harbach, esta canção teve várias versões, até chegar à versão dos Platters em 1959. Escusado será dizer que foi um enorme sucesso para o grupo, atingindo o número 1 em diversas tabelas mundiais, como a Billboard Hot 100. A primeira vez que eu ouvi esta canção foi quando vi o filme "Sempre" de Steven Spielberg, em 1990. Apaixonei-me pela canção e até hoje oiço-a com muito prazer.


Tanto uma como a outra tiveram diversas versões ao longo dos anos, umas bem sucedidas, outras nem por isso.



domingo, 1 de março de 2020

1001 canções que devo ouvir até morrer - What the World Needs Now is Love, Jackie DeShannon

Nesta minha modesta lista de canções, tinha que constar uma canção desses grandes compositores da música moderna: Burt Bacharach e Hal Davis. 
Desde o The Look of Love, passando por Raindrops Keeping Falling on my Head (banda sonora desse mítico filme chamado Butch Cassidy and the Sundance Kid), estes dois compositores possuem um enorme e inesquecível legado musical, que necessita de ser recordado mais frequentemente.

Uma das canções mais esquecidas (e muito injustamente, diga-se de passagem) é What the World Needs Now is Love, datada de 1965 e cantada por Jackie DeShannon (autora do bem sucedido Bette Davis Eyes, de Kim Carnes). Segundo Bacharach, foi das composições mais difíceis que Hal Davis escreveu, apesar da melodia ser muito simples. A melodia e o refrão principal estavam escritos desde 1962, centrados num ritmo de valsa, mas Davis demorou mais dois anos para afinar a letra. O subtexto da letra de Davis era a Guerra do Vietname e a divergência que isso provocava nos americanos. Dai que o sucesso da canção apanhou de surpresa os dois compositores.

Originalmente, era para ser cantada por Dionne Warwick, que recusou por achar a canção muito country e enfadonha. A escolha acabou por recair em Jackie De Shannon, o que resultou em cheio. Esta versão alcançou o 7º lugar da tabela da Billboard em 1965 e chegou an.º 1 no Canadá.

Teve direito a diversas versões, desde Cilla Black, Petula Clark, Supremes e, ironicamente, Dionne Warwick, para além de ter constado na banda sonora de diversos filmes, como Forrest Gump, Happy Gilmore, Bridget Jones, etc.

Deixo-vos com a fabulosa versão original e com uma versão (que desconhecia por completo) de Tom Clay de 1971.





sábado, 29 de fevereiro de 2020

1001 canções que devo ouvir até morrer - Proud Mary, dos Creedence Clearwater Revival

Depois de uma ausência super prolongada (o que são sete anos?), regresso a este blogue para falar sobre as canções que marcaram a minha vida ou que, simplesmente, gosto de ouvir quando me apetece.

Esta é uma daquelas que eu gosto de ouvir de tempos a tempos, e que já teve uma catrafada de versões ao longo destas últimas décadas. Estou a falar de Proud Mary, dos Creedence Clearwater Revival.


No final da década de 1960, bandas que não tivessem uma figura chave no seu alinhamento (como Jim Morrison, Eric Clapton, Jimmy Page...), tinham que trabalhar arduamente para conseguir algum airplay. Redefinir instrumentos ou escrever um album conceptual era quase que obrigatório para se conquistar algum sucesso. John Fogerty, líder e vocalista da banda, não compunha canções de 16 minutos sobre sexo e não utilizava subterfúgios musicais para dar ênfase às canções, mas conseguia lançar sucessos atrás de sucessos.
Este quarteto californiano, composto por John e Tom Fogerty, Doug Clifford e Stu Cook, começou a sua carreira em 1968, com o álbum homónimo, que conquistou um disco de ouro. Em 1969, foi lançado o album "Bayou Country", que inclui o single que vou falar hoje, e que conquistou um disco de platina.

O que dizer de Proud Mary? Provavelmente, uma das melhores canções de rock de sempre, construida de uma forma simples, mas cativante, como era apanágio desta banda. John Fogerty escreveu esta canção em 2 dias, depois de ter sido dispensado da Guarda Nacional.Esta canção adveio de partes de canções diferentes: uma delas, era sobre uma lavadeira chamada Mary; a parte "Left a good job in the city", foi escrita depois de Fogerty ter saido da Guarda Nacional; a parte "Rolling on the river" referia-se a um filme de Will Rogers.

Para além da componente rockeira, esta canção é uma mistura perfeita de canções com raízes na música negra. Mas quem é Proud Mary? É um barco a vapor viajando de cima a baixo pelo rio, onde o protagonista encontra alguma felicidade quando convive com forasteiros.

Esta canção, lançada em Janeiro de 1969, alcançou a dupla platina com vendas de 2 milhões de discos e streamings... o.que se justifica plenamente. Como já referi, sofreu imensos covers, nomeadamente de Ike e Tina Turner em 1971, também extremamente famosa e cativante.

Deixo-vos com as duas versões... ambas são excelentes!