quinta-feira, 15 de março de 2012

Febre de Sábado á Noite (1977)

Como já tinha relatado anteriormente, a minha ligação com a música vem do berço, onde dormia embalada pelos sons melódicos que vinham do rádio...
Embora não entendesse uma só palavra, o meu corpo já se abanava todo ao som das melodias, o que para a minha mãe era um alivio tremendo.
Por isso, escusado será dizer que cresci a ouvir os vinis dos meus pais...para além do rádio, os vinis eram uma outra fonte de entretenimento para mim.
Convém dizer que os vinis começam novamente a aparecer timidamente em grandes lojas como a FNAC, mas sem a magnitude outrora.
Existiam 4 tipos de vinil:
  • LP: abreviatura do inglês Long Play (conhecido na indústria como, Twelve inches--- ou, "12 polegadas" (em português) ). Disco com 31 cm de diâmetro que era tocado a 33 1/3 rotações por minuto. A sua capacidade normal era de cerca de 20 minutos por lado. O formato LP era utilizado, usualmente, para a comercialização de álbuns completos. Nota-se a diferença entre as primeiras gerações dos LP que foram gravadas a 78 RPM (rotações por minuto).
  • EP: abreviatura do inglês Extended Play. Disco com 17,5cm de diâmetro (7 polegadas), que era tocado, normalmente, a 45 RPM. A sua capacidade normal era de cerca de 8 minutos por lado. O EP normalmente continha em torno de quatro faixas.
  • Single ou compacto simples: abreviatura do inglês Single Play (também conhecido como, seven inches---ou, "7 polegadas" (em português) ); ou como compacto simples. Disco com 17 cm de diâmetro, tocado usualmente a 45 RPM (no Brasil, a 33 1/3 RPM). A sua capacidade normal rondava os 4 minutos por lado. O single era geralmente empregado para a difusão das músicas de trabalho de um álbum completo a ser posteriormente lançado .
  • Máxi: abreviatura do inglês Maxi Single. Disco com 31 cm de diâmetro e que era tocado a 45 RPM. A sua capacidade era de cerca de 12 minutos por lado.
Os meus pais tinham muitos LP's e singles e foi com eles que apurei o meu sentido musical e me entretive ao longo dos meus verdes anos.
Um dos vinis que mais ouvi durante a minha infância e adolescência (até comprar a versão em CD) foi a banda sonora do filme Febre de Sábado à Noite.




Quem não se lembra da imagem icónica de John Travolta, ainda novinho e magrinho, a dançar nas pistas de dança nos anos 70?
Aliás, este filme e, sobretudo, a sua banda sonora foram responsáveis pelo cimentar do género musical "Disco", muito em voga nos finais dos anos 70. Este género musical não conseguiu sobreviver à ira dos amantes do rock e nos inicios dos anos 80 já estava em perfeito declinio, com muitas bandas associadas a serem banidas das rádios americanas (caso do Bee Gees que sobreviveram nos anos 80 a compor para outros artistas).
Mas voltemos à banda sonora...Nos EUA,  o disco foi galadoardo disco de platina quinze vezes, ficando nas tabelas da Billboard até 1980. Foi a trilha sonora que mais vendeu na historia com 40 milhões de cópias, até ser ultrapassada em 1992 pela banda sonora do filme O Guarda-Costas.




Durante o ano de 1978, os Bee Gees dominaram por completo as tabelas mundiais com este album, sendo que três canções cantadas pelo grupo foram nº 1 em vários paises: Staying Alive, How Deep Is Your Love e Night Fever. Quem é que consegue resistir, passados 35 anos, ás batidas frenéticas do famoso Staying Alive? É sempre sucesso garantido em qualquer discoteca que recorde as musicas de outrora.
Este album tornou-se num clássico instantâneo e fez parte da vida de muita gente, incluindo a minha. O filme até nem é nada de especial...limita-se a ser um Rebelde sem Causa dos anos 70. Mas a sua banda sonora é eterna e muito actual...aliás continua a ser uma fonte de inspiração para muitos artistas (já se perdeu a conta de quantas versões o How Deep Is Your Love sofreu...).
Para mim foi essencial...ouvi tanto o vinil até ficar todo riscado, mas valeu a pena...aliás, vale sempre a pena quando a alma não é pequena.








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